Eu entrei no MAP em 1998 e nele me mantive ativo até 2015, com uma interrupção entre 2005 e 2009. Daí para cá continuei a representar a CONFAP em algumas instituições.
Para mim, neste meu percurso há 4 momentos especiais que marcaram a vida da CONFAP
1º Encontro Nacional / Assembleia Geral em Bragança – 25/26 março 2000 – onde perante mais de 500 participantes vindos de todo o país, foi finalmente posta à votação e aprovada por larga maioria uma moção que exigia a revisão dos estatutos da CONFAP tendo como um dos principais objetivos o sufrágio direto eleitoral, de listas a apresentar pelas Associações/Federações em vez do sistema até aí em vigor em que a única lista que se podia candidatar era sempre escolhida e sancionada pelo CE cessante.
2º Assembleia Geral Estatutária – 11/12 novembro de 2000 onde, após uma tentativa de revisão falhada numa primeira Assembleia Geral Estatutária em Coimbra, as Associações/Federações de todo o país reunidas em Almada se conseguem entender e criar uns novos Estatutos da CONFAP com entrada imediata em vigor após a sua aprovação.
3º Assembleia Geral Eleitoral – Porto 2001 onde pela primeira vez concorreram duas listas em sufrágio direto, propostas por diversas Federações/ Associações de Pais de todo o país, tendo sido eleito Presidente Vitor Sarmento.
4º Encontro Nacional / Assembleia Geral em Paredes de Coura – 12/13 março de 2005 onde pela primeira vez a FERLAP apoia uma candidata própria Maria Helena Dias contra uma lista apoiada pelo Conselho Executivo da CONFAP encabeçada por Albino Almeida e fortemente apoiada pelas estruturas do Norte do país.
A lista encabeçada por Albino Almeida foi eleita por larga maioria das Associações presentes na votação.
As Federações Concelhias de Sintra e Marinha Grande e a Regional de Viseu decidiram abandonar a CONFAP e criaram assim a primeira cisão no Movimento Associativo de Pais em Portugal, com a criação de uma Confederação Nacional Independente de Pais (CNIPE).
Na FERLAP , após a Assembleia Geral de Paredes de Cora vários companheiros suspendem ou abandonam a sua participação no Movimento e dois ex-membros dos Órgãos Sociais criam a “Federação Concelhia de Lisboa” que limitou a sua atividade apenas ao Agrupamento de Escolas de Benfica.
A partir daqui e apesar de algumas tentativas de a fazer reanimar, a FERLAP foi perdendo a sua capacidade de intervenção que com o fim das Federações Regionais decretado pela Revisão Estatutária da CONFAP de 2009 e a morte prematura do seu último Presidente acabou por conduzir ao seu encerramento.
Sem estruturas em Lisboa e com o enfraquecimento ou desaparecimento de algumas estruturas da CONFAP do centro e Sul do País, a CONFAP passou a concentrar a grande maioria da sua força no Norte do País.