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Associações de Pais do Concelho de Sesimbra

Vera Loureiro/Ana Oliveira, da APAES e da APEBIC

A realidade atual da Educação é completamente distinta do que era há alguns anos. E, claro, a das Associações de Pais não foge à regra.
Se antes, aos professores apenas lhes era pedido que lecionassem, hoje lutam, diariamente, com processos burocráticos e com dificuldades de diferente índole, que não lhes permitem dedicar-se à sua função a tempo inteiro, entre relatórios e reuniões a diversos níveis de responsabilidade e com turmas cada vez maiores.

Por sua vez, os alunos também são bem diferentes, a todos os níveis. Nascidos numa era tecnologicamente mais avançada do que as gerações anteriores, funcionam num imediatismo baseado na  cultura de respostas imediatas, sem necessidade de recurso a grandes pesquisas, o que se reflete numa inconformidade com os modelos de ensino que ainda se praticam no nosso País.
Ora, as Associações de Pais não podem ser uma estrutura de crítica gratuita contra o que está mal, mas sim constituir-se como um apoio efetivo às estruturas escolares para colaborar na obtenção de meios para que as escolas tenham melhores condições, físicas e de ensino, proporcionando também o apoio a todas as ações que visem a qualidade do ensino.
Os pais e Encarregados de Educação não se podem – nunca! – demitir do seu papel de educadores. Pelo contrário, devem criar condições para que os seus educandos possam ser ensinados na escola, respeitando as suas regras e a pessoas que nela trabalham, sem interferências desnecessárias, mas observando atentamente o que passa no
quotidiano dos seus educandos.

Torna-se, por tudo isto, necessário que as Associações de Pais, que são, na sua grande maioria, estruturas voluntárias baseadas na verdadeira conceção de cidadania, devam fazer por ser reconhecidas como estruturas fundamentais de suporte à Educação, sendo também importante que lhes seja facilitada a atividade em termos burocráticos para que todas as associações de pais se formem com base em estruturas completamente lícitas e não apenas como um “conjunto de pais interessados”. O associativismo potencia as intenções, conferindo um caráter mais sério às atividades desenvolvidas porque resulta de uma estrutura organizada e legalmente constituída.

É ainda fundamental que os restantes pais se tornem associados, mais ou menos ativos, de acordo com as suas disponibilidades, mas que não se alheiem do que se passa na vida escolar dos seus educandos, atitude que pode constituir-se num grave risco para as futuras gerações.

A escola ensina, mas os pais têm de zelar pelos alicerces de uma boa Educação!